quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

YESHUA, JESUS! 23/12/2009


Que nome é esse capaz de transformar vidas?
Que nome é esse capaz de transpor a barreira do tempo?
Que nome é esse capaz de se submeter a forma humana?
Que nome é esse? O que significa? O que representa?

Um nome de amor que tem poder pra salvar!
Um nome que tem poder de curar!
Um nome que está acima de qualquer outro nome!
Um nome que é o Princípio e o Fim!

Yeshua no hebraico uma abreviação de Yehoshua,
Yehoshua o nosso querido Josué, sucessor de Moisés!
Jesus é Yeshua! Jesus é salvador, libertador!
Jesus é Yeshu’a: Ele será o salvador, anunciou Maria:
“Porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados!”
Ou ainda Yeshu’a Hamshiyach: O Salvador Ungido, O messias!

Este nome proclama salvação, redenção, libertação
Resgate, segurança, ajuda, amor, paz , graça, misericórdia!
E ainda: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte,
Pai da Eternidade e Príncipe da Paz!
Deus conosco!
Não, não consigo alcançar...
Minha mente não consegue assimilar!
O meu ser não consegue imaginar...
Não consigo entender, não dá pra consumar...
.
Um nome que apesar de eu não ser autêntica

Quando oro: Pai, perdoa-me, assim como...
Nem consigo terminar a frase... Mas Ele me perdoa!
Um nome que apesar de eu não amar
Ao meu próximo como a mim mesma,
E a Ele acima de todas as coisas,
Ele me ama com amor eterno!
E apesar de eu não ter valor algum
Me comprou, com o seu sangue!
Me resgatou de mim mesma, do meu pecado!
.
E apesar de a misericórdia não habitar em mim,
Ele me dá a sua! Somente por sua graça!
E apesar de saber que eu não o queria
Ele me escolheu, me fez povo seu!
Tal nome é maravilhosamente demais!
Quero deter-me ao seu esplendor!
Quero deter-me ao seu temor!
Quero deter-me ao seu amor!

E ali prostra-me aos seus pés!

Não posso compreender essa profundidade!
O que viu em mim, para deixar o céu?
E que viu em nós, para o seu trono pela palha assim trocar?
Não, não há como explicar...
Só mesmo um grande e eterno amor!
Que não se tem como medir e nem como descrever!
Alguns arriscam, e talvez cheguem perto: E o poeta descreve:
“Se os mares todos fossem tintas, e o céu sem fim fosse papel
E as hastes todas fossem penas, e os homens todos escrivões,
Nem mesmo assim esse amor seria descrito em seu fulgor!”
Sim, mesmo assim não o seria! Não podemos calcular!

Que neste natal, e nos mais 365 dias que virão em 2010,
Possamos parar e refletir nesse Nome!
E deixar que esse espírito e nem mais nenhum outro
Invada nossos corações, rasgando assim todo nosso orgulho,
Toda inveja, todo egoísmo, toda presunção, toda inquietação!
Porque não somos nada! Mas por Ele, nos fez filhos do REI!
Cantemos e regozijemos porque Yeshua veio até nós!
Amém!

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Benilda Lopes Rocha















segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

NATAL: SONS E CIRCUNSTANCIAS... 14/12/2009


Você já parou para ouvir os sons dissonantes ecoados nas entrelinhas das circunstancias do surgimento do natal? Sons que são abafados pelos sinos, pelas canções de papai Noel e seus supostos presentes, pelos alaridos das propagandas dos que tem esperança no grande faturamento nessa época, abafados pelos gritos alucinados dos que buscam o seu bel prazer...

Sons que embora indecifráveis por muitos e ignorados pelos que não os escutam, estão soando... muitas vezes gritando! Os seus acordes parecem que desafinam, mas os que tem ouvidos sensíveis sabem muito bem apreciar a beleza e harmonia encantadora que eles emitem.

A primeira circunstancia que parece ter desafinado o som, foi uma gravidez, fora de época, que quase põe fim a um noivado, um casamento previamente acertado.

A segunda foi uma viagem em situações precárias por causa de um governo tirano.

A terceira, um parto entre animais! Um lugar totalmente inadequado para não dizer outras coisas... Porque não havia lugar para Ele na hospedaria...

A quarta, uma inconveniente circunstância de se estar na casa de parentes por talvez mais de um ano... com um bebê recém nascido, provavelmente acomodados numa situação no mínimo constrangedora.

E ainda como se não bastasse tudo isso, o som que mais destoou , foi o da ameaça de morte para o bebê. Esse pareceu mesmo desafinar...

E por fim, a necessária viagem para um país distante, para proteger o bebê dessa ameaça.

Pois é...tantas circunstancias... tantos sons dissonantes para que o plano de Deus, a música de Deus a harmonia perfeita se desse através deles.. Mas Deus é assim: O que parecia desafinar, Era a composição da mais bela música de natal!

E não teve Herodes, capaz de abafar esse som, não teve circunstancia capaz de impedir que o plano de Deus para a nossa salvação se consumasse!

E como tal, hoje também, são grandes os esforços do inimigo das nossas almas, em inventar armadilhas sutis para abafar a música perfeita de Deus. Dentre elas, a criação de um ser que tem boca mas não fala, tem olhos mais não enxerga, tem ouvidos mas não escuta, tem pernas mas não anda... O tão amado, desejado e reverenciado Papai Noel, e seus adereços... isso tudo para desviar a atenção para o verdadeiro aniversariante e sentido do natal! E Como ele não conseguiu mata-lo quando bebê e nem detê-lo no túmulo, sua estratégia agora é desviar a humanidade do foco, do plano de salvação. Isso porque ele odeia os homens e não quer vê-los salvos. O mesmo sentimento que ele colocou no coração de Jonas ao se recusar a ir a Nínevi. Por odiar os Assírios, não queria que eles fossem salvos.

Mas apesar dos seus inúmeros esforços, JESUS CRiSTO, continua nascendo! E agora não mais em uma humilde manjedoura, mas nos corações daqueles que tem a sensibilidade de escutarem e se maravilharem com essa música de acordes tremendamente dissonantes, na qual se resume na mais perfeita harmonia de DEUS! E não faça do seu coração uma hospedaria... Sem lugar para Jesus!

Portanto, não deixe essa música ser abafada em tua vida pelas circunstancias que surgem a cada dia e pelos alaridos das “trombetas” que tentam abafa-la, mas se deixe envolver por ela, deixe simplesmente a música de Deus invadir teu coração neste NATAL e se deixe encantar por ela!

E lembre-se os Herodes estão por todos os lados, fiquemos atentos! Eles também podem vir camuflados em circunstâncias, as mais variadas possíveis!

Peçamos a Deus discernimento para enxerga-los e força para enfrenta-los e principalmente vence-los! Amém!

Benilda Lopes Rocha

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

SONHO OU PESADELO? 02/12/2009


O sonho é a imaginação da realidade!
Mas nem sempre essa realidade se materializa.
E nem sempre acontece como sonhamos!
As vezes sonhamos com as rosas,
E ganhamos orquídeas,
Ou até mesmo margaridas... ou só espinhos...
Sonhamos com um avião e viajamos de trem
Sonhamos com um pomar
E nos deparamos com um simples bambuzal!
Ou até mesmo com um terreno baldio...
Então dizemos: A realidade não existe, prefiro sonhar!

Mas as vezes o que precisamos é de um segundo olhar...
E veremos que os sonhos ali vão estar!
Os sonhos existem para nos enfeitiçar!
Para nos consolar e até mesmo nos acariciar!
Mas também nos direcionar,
Fazer-nos aquietar...
Uma meta a alcançar!

Acordar pra não sonhar parece ser mais doloroso,
Do que não realiza-lo ou realizar o que não sonhou!
Os sonhos devem existir pra alimentar a alma
Mas não para fazê-la morrer de fome!
Os sonhos devem existir para saciar o prazer
E não para matá-lo de sede!
Não limite-se ao sonho que não acontece,
Se preciso for, mude a história!
Reveja seus conceitos e preconceitos...

Não encane com os sonhos que viram entulhos!
Mas limpe a passagem para os novos que virão!
E cada vez que percebe que emperram,
É hora de fazer a faxina!
Não quero limitar-me aos sonhos, mas a realidade deles!
Não quero morrer sonhando,
Mas ao morrer quero tê-los vivido!

Não quero turvar os sonhos!
Até porque sei que eles não se turvarão.
Quero apenas poder sonhar de um modo real,
E poder acordar de forma diferente!
As vezes os sonhos nos impedem de enxergar a realidade!
Muitas vezes eles nos fazem deixar de viver!
Agarramos-nos a “sonhos irreais” e acabamos nos frustrando!
E nos tornarmos escravos deles!
Nem todo sonho é sonho, nem toda fonte é potável!

Sonhos vem, sonhos vão... Nós é que ficamos!
E não deixe que o sonho impeça-lhe de ser feliz!
Temos que viver os sonhos e não viver de sonhos!
O sonho adiado que nunca vem desfalece a alma!
É como uma gota a pingar, na esperança que ela encha o mar...
É como um eco a gritar dentro d’alma:
Se sonho, não quero acordar! E se acordo não quero sonhar...
O sonho que não se vive torna-se uma sombra... um pesadelo!
Acorde rápido antes que a noite acabe,
E você não experimente o prazer de sonhar!

E se a realidade não existe, então sonhe!
E se sonhar com ela é um pesadelo,
Esqueça o pesadelo e continue sonhando...
Mas não esqueça de acordar, seja como for!
Porque NADA acontece enquanto DORMIMOS!



Benilda Lopes Rocha

terça-feira, 24 de novembro de 2009

...PORQUE DEUS NÃO É HERODES! 24/11/2009

......Alguns Cristãos hoje em dia, querem fazer de Deus um Herodes. Pensam que a sua autoridade depende de não poder dizer não ao que se pede ou se exige, como se pudéssemos exigir alguma coisa d’Ele.
Herodes concedeu à exigência de um pedido absurdo, porque a sua autoridade dependia de dizer um sim ante a sua palavra:
«Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.»Marcos 6:22. Disse ele à Salomé filha de Herodias. E deu-lhes a cabeça de João Batista!
......E Herodes, diz o texto, fez isso com tristeza, porque de certa forma gostava de João, e atendeu a esse pedido para não perder a sua autoridade, porque ela neste momento dependia desse sim. Mas a autoridade de Deus não depende de dizer sim aos absurdos ou não, que se pedem nas exigências impostas por parte de alguns que se perderam no âmbito da compreensão e do conhecimento de Deus e de sua palavra. A autoridade de Deus é o seu próprio caráter. E as suas promessas não são feitas em bases impensadas, ou imprudentes, porque Ele é Deus e mesmo antes que tenha prometido qualquer coisa já sabia que e em quem as poderia cumprir sem nenhuma sombra de surpresas indesejadas, contrariando sua justiça.
......O poder de Deus de dizer SIM OU NÃO, sem que isso o abale, ou faça com que seu caráter ou dignidade sejam perdidos ou mesmo abalados, não consulta as exigências do homem. Quem és tu ó homem mortal que assim o ouse? E no devaneio ilusório de tamanha petulância dizem: “Ele prometeu... e não poderá voltar atrás!” Pensando assim que vai deixar Deus sem saída, como a oportunista Herodias deixou o “pobre” Herodes!
......E nessa atitude pretensiosa, dizem que Deus é obrigado a atendê-los, pautados também no argumento audacioso de dizer que fizeram algum tipo de sacrifício pra Deus e que por isso Ele é obrigado a realizar suas exigências. Que lástima!
Ora o único sacrifício que alguém fez para Deus, foi o próprio Deus, ao mandar seu filho morrer numa cruz por mim e por você. E nem Ele exigiu livramento ao caminho da cruz, mas orou assim: "Pai, se possível passa de mim este cálice, mas não se faça a minha e sim a tua vontade." Vejam que diferença que lição! Que exemplo a seguir!

.....O que questiono aqui, não é o absurdo ou não do pedido em si, mas o absurdo de exigir de Deus, afirmando que Ele não poderá deixar de atendê-los. porque se assim o fizer perderá sua autoridade. Pensam que acham brecha em Deus para o oportunismo. Sim, é isso que acontece, tanto que alguns nessa frustração de não serem atendidos nas suas exigências, abandonam a Deus, ou deixam de crer Nele e no seu poder. Mas Deus não é Herodes e não vai atender pedido algum do homem, seja ele absurdo ou não sem que Ele queira e que consulte o seu caráter! E como já disse: Deus não depende de sins ou nãos prá não perder sua autoridade. Porque o que Ele promete, cumpre. E o que cumpre, não o faz forçado, mas porque assim lhe apraz cumprir dentro da sua soberania, do que ele elegeu, do que ele determinou desde que Era, que É que o Há de vir!
.. Cabe a nós entendermos à luz da bíblia as suas promessas, e não à nossa própria luz.
Não sejamos como as “Salomés e Herodias” da vida cristã, até porque Deus não deixa brechas para oportunismo como sinalizam os tais que assim agem.
Mas sejamos como João Batista que não ousou exigir de Deus que o livrasse de ser degolado, mas antes estava disposto a dar a sua vida por Ele. E digo mais, hoje querem não mais degolar a João, mas a Deus, se não lhes atender! Isso te chocou? Pois é; é isso mesmo que os seus desejos mais ardentes expressam nessas atitudes!
......Portanto, não transformemos a oração de Jesus em uma exigência: Pai, passa de mim este cálice, e NÂO se faça a TUA vontade, mas sim a MINHA vontade.
Mas aprendamos a orar como Jesus: "Pai, se POSSÍVEL... mas NÃO se faça a MINHA, mas sim a TUA vontade!" AMÉM!

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Benilda Lopes Rocha




terça-feira, 10 de novembro de 2009

O PIANO E O SEGREDO DO SEU SUCESSO! 10/11/2009


Pessoas são como notas... Dó, Ré, mi, Fá, sol, lá, si....
Todas com seus sons peculiares seus timbres diferentes entre si!
Operários, patrões, gente assim e assim...Gordas, magras, altas e baixas, negras e brancas enfim!

No piano também é assim: harpas, martelos, teclas e cordas assim e assim...
Pretas e brancas, grossas e finas, baixas e altas enfim!
88 teclas distintamente distribuídas em 52 brancas que são os sons naturais,
e 36 pretas, os sons alterados.
As quais numa mistura tal, dão a música um colorido sem igual!
E que sem elas não teríamos a variedade de tons, tampouco inúmeras dissonâncias, porque todas são especiais!
É nessa mistura fenomenal, que teclas brancas e pretas, se fundem numa harmonia total!
E elas sabem que dependem umas das outras!
E que é justamente nessa diferença, que são capazes de emitir a perfeita canção!
Imaginem se só teclas brancas existissem para tocar ou só as pretas me fizessem entoar?
Como um dó sustenido ou um ré bemol iria apreciar? Ou ia fazer cantar?
E como um do menor eu ia fazer soar? Pois esse, de ambas iria precisar!

Que seria do piano se não fosse os seus 41 bordões, suas cordas gordas, grossas maiores e menores?
Elas que dão vida ao baixo, fazendo-os liberar um grave som!
Que seria do piano se não fossem as suas 99 cordas magras, finas, e 84 médias distribuídas também em menores e maiores? Das quais os sons médios e agudos vão também encantar!?
Elas contrastam na perfeição com o baixo em sua marcação a executar!

O Piano tem sete oitavas de notas a cada dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó
E cada uma com sons graves, médios e agudos,
Fazendo com que os sons sejam os mais variados possíveis!
Transformando a musica numa riqueza admirável!
Todas tem a sua importância, todas tem o seu valor!
Já pensou se fossem todas finas ou todas iguais?
Onde estaria o equilíbrio?
Como faríamos musicas lindas, fantásticas?
Cairíamos na monotonia do som...
Ninguém agüentaria ouvir uma única música sequer!
Pois o segredo está na diferença de cada um ser e fazer do jeito que é!
E é essa harmonia que faz a vida ser tão bela como é!
E se desafinar é só um aperto lhe dar, e tudo volta a encantar!

Mas nada disso também não funcionaria se não fossem os seus 88 operários
Os insubstituíveis martelinhos... Eles quando acionados pelas 88 teclas,
batem nas variadas cordas e as fazem vibrar! Então o som se propaga no ar,
Se fazendo assim notar, e a canção entoar!

A harpa, uma grande peça de bronze ou ferro, onde estão as cordas, sem a qual elas não poderiam se firmar. E consequentemente não poderiam se esticar e jamais o som poderia ecoar!
Mas que seria dela se não fora as cordas? Os martelos?
Uma harpa sem cordas, não presta para nada nessa sua designação...

E o magnífico cabeçote?
É nele que os martelos se firmam, e nele se penduram para ferir as cordas!

E os pedais? Que dizer deles? São os que mais sofrem, pois para exercerem as suas funções, é preciso ser pisados! E até podemos escutar de leve, os seus gemidos....
O piano tem 3 pedais: O do meio, que quando pisado, abafa o som, o do lado direito que faz com que esse som se prolongue, e o do lado esquerdo que faz com que haja um equilíbrio entre os outros dois. E é na sabedoria de apertar e soltar que faz o som não embolar!
Sim, na vida sempre há quem nos pise de alguma forma! Como reagimos a esse pisar? Sejamos como esses pedais: Ao sermos pisados, embelezemos os sons...
Seja prolongando, seja abafando ou equilibrando. O importante é o que vamos fazer ecoar! E, deixe a música tocar...

Perfeito! O sucesso está garantido! Todos do seu jeito, na sua função!
Prontos para serem usados, contemplados, e admirados nessa perfeita união!
Senta-se o pianista, que sem ele, o piano de nada valeria e começa a execução:
Esplendorosa! Transcendente! Sucesso total! Jamais se vira tal!

Mas... pense você se o pianista, olhasse para as teclas brancas e dissesse:
"Vocês não me agradam! E arrancasse-as do piano..."
Outro viesse e dissesse: "Não gosto das pretas..." e as tirassem dali!?
E ainda outro dissesse:
"Não gosto dessas cordas finas... grossas... maiores... menores!"
E outro mais ousado dissesse:
"Não preciso dos martelos, eu mesmo tirarei o som!"
E assim; O piano, e a música estariam acabados....
Simplesmente porque os egos,
Os preconceitos, teriam destruído O lindo! O magnífico!
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O segredo da harmonia, da melodia, está na união de cada peça em sua função...
Todas tem o seu valor, a sua colocação, a sua distinção!
E é justamente nessa distinção que está o segredo da perfeição!
E todas depende umas das outras, nessa grande comissão!
E o pianista depende de todas elas para que seja aplaudido, e ter sucesso então!
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E todos precisamos uns dos outros pra sermos , termos, fazermos, acontecermos!
E Deus é por tudo e por todos!
O único que não precisa de nada e nem de ninguém para ser, ter e fazer!
Quanto a mim, sou uma peça que completa o grande PIANO DA VIDA!
Apenas uma! Preciso de todas as outras para SER, TER E FAZER ACONTECER!

Benilda Lopes Rocha














quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A CHUVA E A TEMPESTADE! 05/11/2009


Um pingo aqui, um pingo ali
Outro pingo e mais outro lá...
E a água começa a jorrar!
Linda! Magnífica!
Um cheiro gostoso invade o ar!
Um mistério se faz calar!

Mas se a chuva não pára,
Está formado o temporal...
Que grande inundação!
É imensa a solidão
É tão grande a confusão!

E pensamos que não vamos agüentar!
Pensamos que não vamos sarar!
Ela parece eternizar-se,
No grito, na lágrima do olhar!

Mas a tempestade não é eterna...
Ela vem e passa!
Não há dor que seja pra sempre
Nem alegria que não tenha o seu fim...
E por mais que pareça assim,
Tudo aqui, é efêmero enfim!

E depois que ela passa...
Olhe, veja o que restou!
E apenas enxugue os pés, se nada abalou!
E Arregace as mangas, se tudo acabou!

É hora de abrir as cortinas!
Colocar flores nos jarros...
Deixar o sol entrar
Como se fora um vulcão a acordar!
Mas onde estão as cortinas?
E os jarros? Onde eles estão?

A tempestade destruiu....
Ela os ruiu!
Nada sobrou!
Nem tão pouco as janelas se definem...
.
Não penses agora nos cacos que restou;
Mas o que fazer com eles!
O que importa agora não é o que aconteceu,
Mas no que você pode transforma-los!

Não te detenhas a olhar os estragos!
Eles não mudarão as coisas...
Mas você sim, pode muda-las!
Olhe agora para o sol que brilhou acanhado...
E deixe seus raios iluminarem a estrada!
E verás que a cada dia o sol vai estar,
Brilhando cada vez mais!
E a cada brilhar mais a estrada verás!

Não tem cortinas? O que você tem?
Não tem jarros?
Pegue a terra que a chuva amontoou
E faça um jardim...
As janelas não se definem?
Cubra-as assim mesmo!
E faça que elas apareçam!

A grande força não aparece quando tudo vai bem!
Mas é na tempestade, no que veio com ela,
E no que restou dela, que a descobrimos!
Quando tudo está calmo, a chuva tranquila...
Isso apenas leva-nos a destruí-la!
E até a pensar que não a possuímos...
Mas é em meio a tempestade,
Que nos sentimos gigantes nesse pesadelo!
Descobrimos que o que importa,
Não é o tamanho e a força dela...
Mas a que trazemos dentro de si capaz de vence-la!

Não se limite as chuvas... de verão;
Pois as tempestades sempre virão!
Mas a bonança então seguirá, quando ela passar!
E é em Deus que devemos confiar!
E o sol por certo lá estará,
Para então tudo assim enxugar!

Quando tempestades estiveres a enfrentar,
Pense que ela passará!
E o seu ômega chegará!
Quando o sol estiver a brilhar,
Não penses... apenas deixe-o te tocar!
E lembre-se: Na chuva, na tempestade, ou ao sol:
Deus sempre presente estará!

Benilda Lopes Rocha









segunda-feira, 26 de outubro de 2009

BOM É TER ESPERANÇA! 26/10/2009


Vivemos em tempos difíceis...
Mas algumas coisas sempre foram assim:
É numa corrida desenfreada pelas ruas da cidade...
Numa corrida louca contra o tempo...
Numa corrida néscia pelo ter, ter e ter!
Numa corrida voraz pelo poder, posição e atuação.
O meu osso ninguém toma!
O meu posto é só meu!
Aqui quem manda sou eu!
Não querem ceder com medo de perder o poder!
Poder que não quer lavar os pés, mas quer tê-los lavados!
Poder que oprime, inibe, castra e apavora!
Poder de uma míope visão que dilacera o coração!
.
Não ouso com essa ou aquela afirmação, querer mudar o refrão.
Até porque sei que ele não mudará!
Mas quero ao menos nisso pensar,
e de uma forma ou de outra poder me expressar!
.
Medite então no que vou dissertar:

-Um escultor, fora solicitado para trabalhar em uma pedreira,
para transformar aquelas pedras em lindas obras de arte!
Mostrou seu trabalho ao dono da pedreira o qual se encantando com o mesmo, logo fechou o contrato.
O escultor então, começou a trabalhar com todo amor e dedicação:
Pegou as pedras brutas e as transformou em lindas esculturas!
Numa obra prima sem igual, na qual se entregara por total!
E seguia a trabalhar com alegria pois era o que mais lhe satisfazia!

Mas o tempo passou... E o dono das pedras começou a se incomodar com elas,
e sem nenhuma explicação, sob o comando de um paradoxo,
gerado por um paradígma, ordena:
-"
Não poderás mais esculpir pedras... apenas as pintarás!"
-"Mas porque?" Pergunta o escultor sem entender a dura ordem!
Mas o seu senhor, não tinha respostas plausíveis para dar.
Apenas o seu querer, a sua vontade paradoxal saciar!
E balbucia sem reflexão:
-"você está aqui para me agradar e fazer o que eu mandar!"
.
E foi-se agora o escultor cabisbaixo seguindo o seu novo destino.
Agora limita-se a insignificância de apenas pintar pedras...
Limita-se ao destino cruel de afogar o seu dom o seu talento!
Nunca imaginara antes que esse momento pudesse ser real!
Agora preso a essa situação, sem ter para onde ir,
e envolvido na frustração dessa limitação,
olha para as pedras e começa a pinta-las...
Uma lágrima se mistura a aquarela em sua mão,
outra lágrima na pintura faz um borrão...
Então ele tenta com muita emoção abafar um soluço então!

Porque tanta confusão? Tanta incompreensão?
Parece se estar no meio de uma grande competição!
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Seus olhos emitem perdão!
Sua boca dá guarida as lágrimas!
Em suas mãos encontra-se o coração!
No coração solidão!

E nesse cenário confuso de dor e frustração,
Uma meiga e doce voz sussurra-lhe aos ouvidos:

Ei, estou aqui! Sou o dono de todas as pedras!
Não chores! Foi eu quem te dei esse dom!
Posso fazer muito mais do que pensas e desejas!
Você confia em mim?”
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E, olhando para ver quem falava com ele, e
reconhecendo aquela doce voz... respondeu:
"Sim, Senhor, confio!"
E num envolto de consolo tal, o pequeno escultor,
revigorou o ânimo, rasgou o coração,
e com muito entusiasmo começou a pintar aquelas pedras!
E a fez da melhor forma, com a mais linda pintura!
Pois havia em seu ser a esperança!
E a cada pedra um cântico de louvor!
E a cada nota expressões de amor!
.
E no brilho dessa esperança enquanto pintava,
aguardava em silencio a sua salvação!

Que não sabia como e nem quando viria, mas sabia que viria!
E como essa esperança lhe fez bem! Era tudo agora!
E enquanto esperava, pensou numa saída: E então,
começou a fazer castelos sem esculpi-los!
Uma pedra em cima de outra pedra... E depois as pintava!
Claro; não era a mesma coisa! Mas era o que ele podia fazer!
"Pega os retalhos e transforma-os em mantas quentes,
para se aquecer do frio!"
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Há sempre uma saída nos labirintos da vida.
Cabe a nós descobri-la! Mesmo que no momento
não seja a que desejamos.
E se não houver, criemos uma!
Mas lembre-se:
É a esperança que nos moverá a isso!
E é ela também que trará sempre vivo o nosso sonho!

Que nunca a percamos!
Seja lá qual situação for, seja lá o que vier!
E no tempo determinado por Deus,
a esperança dará lugar ao esperado!
"...pois o desejo atendido é árvore de vida",
como bem disse o sábio Salomão!
E nada tem poder acima do seu poder!
E não tem corrida que lhe seja maior!
.
E como disse o profeta Jeremias em suas lamentações:
“Bom é o Senhor, para os que esperam por Ele,
Para a alma que o busca!”
As vezes, depender de uma esperança, pode ser ruim!
Mas, a que depende do Senhor, essa é bálsamo enfim!
Eu, quanto a mim, esperarei nesta!
E, peguemos os retalhos e façamos mantas quentes!
Pois o inverno sempre existirá!
Mas a esperança o desejo trará!

Benilda Lopes Rocha

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A OSTRA, O GRÃO DE AREIA, O NÁCAR E A PÉROLA! 19/10/2009

Mar! O grande e magnífico mar! Quantas lições a nos ensinar!
Lá estão os peixes... baleias, golfinhos, arraias, cavalos marinhos...
As pérolas, as ostras! Ah! As ostras... Quanta dor!
Basta um grãozinho de areia nela se instalar.
E a ostra em agonia se cala ante a mais íngreme dor!
E o líquido, uma substancia lustrosa, o NÁCAR, que escoa do provocar desse sofrer, começa a trabalhar e cobrem o grão de areia com mais e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra.
E após horas, dias, noites, meses e anos, da ostra em agonia,
começa a endurecer-se!
Eis a linda pérola a crescer! Eis a ferida a cicatrizar!
Uma ostra que não foi ferida jamais uma pérola produzirá!
E quanto maior a dor, mais líquido sairá!
E quanto mais líquido a sair, maior a pérola será!
Maior o seu esplendor, maior o seu valor!
Eu aprendi com elas...
A cada sofrer, uma pérola terei: E em cada pérola, a vitória que alcancei!

Mas o grão de areia vai ferindo a ostra...
E a dor parece não mais ter fim!

Perfeita! Magnífica! Ouço a voz do pescador: "Achei, achei a maior pérola! Jamais vista em fim!" E como num rasgo de felicidade intensa, guarda-a consigo!

Mas o que fora feito da ostra, que tanto sofreu?
Simplesmente joga-se fora... devolvi-se ao mar!
Sem qualquer atenção... Sem qualquer compreensão!
Quisera eu mergulhar no mar e a ostra procurar...
E então lhe dizer, estou aqui para te amar!
Sou eu a pérola, que tanto sofrestes pra formar!

E num sofrer dilacerado, da alma em gemidos.
O seu brado deu a pérola o consumado!
Seu cálice cruel adornou o fel...
O fel que endurecido pela angustia atroz
Deu origem a mais linda e valorosa pedra!
A qual nesse cenário arrepiante formou Jesus,
Com sua imensa dor lá na cruz!
Agora quero deter-me a esse momento impar!
Onde o sol escureceu, a terra tremeu,
O véu do templo rasgou-se de alto abaixo
E ouviu-se do centurião um brado retumbante:
“Verdadeiramente este era o filho de Deus”!
.
E o “pescador”, pegou as pérolas... Pensou que a ostra,
Como todas as outras afundaria e jamais voltaria!
Mas essa Ostra era especial, de um poder sem igual!
E imergiu das profundezas das águas,
Rompendo a fúria do grande mar!
Resgatou as pérolas da mão do “pescador”,
E as selou em suas entranhas e nada e nem mesmo ele
Poderá mais arrebata-la do seu ser!
Por isso o nosso valor, o nosso sentido do existir!
As pérolas estão aí... frutos de um sofrer sem igual
As doze portas da Nova Jerusalém!
São DOZE PÉROLAS! As doze tribos de Israel!
Numa visão da cidade Santa que teve o profeta então
Lá em seu livro apocalipse de João!
Visualizem o tamanho de uma porta! Imaginem o tamanho dessa dor!
Imaginem o esplendor! E não foi apenas uma porta... mas doze!
Eu disse doze portas... doze pérolas!
Dá para calcular? Impossível decifrar...
Ó Dor que no dilacerar do seu ápice as formou!
Jesus precisou sofrer para formar o Israel de Deus:
Suas preciosas pérolas: VOCÊ E EU
As pérolas são mais especiais que qualquer outra pedra preciosa!
Porque são as únicas formadas em um ser vivo!
E nós somos pérolas infinitamente especiais!
Além de termos sido formadas por um ser vivo, imortal!
Somos pérolas vivas, frutos do grande amor de um amor sem igual!

Somos as pérolas feitas pelo sofrer do Mestre!
As de maior valor... incalculáveis, inenarráveis!
Autênticas, verdadeiras, esplendorosas!
Pois foi por um alto preço, um inenarrável sofrer...
Que o grão de AREIA: O nosso PECADO
Machucando a OSTRA: O nosso JESUS!Derramando o NÁCAR: Seu SANGUE lá na cruz!
Cobriu-nos com este sangue a fim de nos proteger!
Cicatrizando a ferida, a qual o pecado fez nascer!
Através do qual PÉROLAS viemos ser!
Através do qual passamos a valer! Através do qual passamos a viver!
Cabe a nós fazermos jus, a este valor tão grande lá da cruz!
Que possamos encantar o mundo! Fazer notar a diferença!
Que o nosso brilho possa incandescer vidas!
E esse mesmo brilho reflita a razão Pela qual nos tornamos pérolas!Formadas pelo sofrer do Rei! Do Grande Eu Sou!
Mostrando que elas sempre trazem consigo
A dor, o sofrer... mas também o esplendor!
E em nós o amor do Salvador, o qual não se mede o valor!
E que as pérolas, apenas pregam essa mensagem.
Mas que estão muito longe de consumá-la!
Pois elas apenas num rasgo de luz
Mostram o que foi o sofrimento de Jesus!
Para fazer de mim e você desde muito além,
AS DOZE PORTAS DE PÉROLAS DA NOVA JERUSALÉM!
O "pescador" rejeita a ostra e "devolve-a ao mar?"
E você o que faz com Ela?
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Benilda Lopes Rocha



















sexta-feira, 9 de outubro de 2009

NÃO; EU NÃO SOU UM PAPEL! E VOCÊ, É? 10/09/2009


“...Que seja infinito enquanto dure!” ou “...Que seja eterno enquanto dure!" BRAVO!


Esta frase, do ilustre poeta Vinícius de Morais, achou um lugar especial nos corações e comportamentos das pessoas.
Principalmente nos dos amantes, que tomaram posse dela para tentar viver a vida de forma mais leve, mais "tranquila", mais intensa, sem maiores “problemas” Uma frase forte e penetrante que marcou e ganhou “adeptos” pelo mundo inteiro! É realmente fenomenal! Mas ao mesmo tempo que ela pode embelezar a harmonia, também pode desafina-la e eis aí o ponto desta questão, : Ela desafina quando incentiva pessoas a viverem de momentos, sem se preocuparem com o depois... que podem marcar toda uma vida!
Há muito tenho detido-me a meditar nessa frase, e as vezes cheguei a deslumbrar-me com ela e até mesmo tentar vive-la. Mas por mais que eu quisesse concordar com ela, algo em mim por ela, era gritante! Mas eu não sabia ao certo o que era. E incomodada com isso, resolvi deter-me ao seu "encanto!"
E então encarando-a de frente, descobrir que ela não era tão deslumbrante assim!
Já pensou ouvir de quem se ama, “que seja eterno enquanto dure!?”

Com certeza, no mínimo provocaria em nós um certo desconforto... uma certa nostalgia, uma sensação de fim antecipado, uma frustração marcada para o amanhã...
Certamente você já vê o fim antes mesmo de começar... É o mesmo que dizer diante de uma mesa farta: Come tudo, porque amanhã não terá mais... Quão bom seria termos a mesa farta todos os dias... não me contento com migalhas...
E quantos têm ouvido e dito isso e achado o máximo! As consequências também são o "máximo!" Basta olharmosa ao nosso redor...
Não consigo viver o momento, o hoje, sem pensar no amanhã!
Por que para mim é dele que o hoje se faz.
Se souber que o amanhã não vai existir, o hoje pra mim já é o amanhã! Porque pra mim o amanhã é uma extensão do hoje.
Não me contento só com o hoje, eu quero repetir!
Viver o hoje sem perspectiva do amanhã é como escutar uma música inacabada, é como ler um poema sem sentido!
Um vazio que nunca se enche...
Se saciar a fome que sinto hoje, amanhã também sentirei fome... a menos que o amanhã não exista mais!
Mas eu vivo pra que ele exista! Porque de mim sou parte do que minhas emoções podem fazer e de mim sou outra parte que faço o que as emoções não podem dizer!
E se elas me dizem que existe o amanhã, então digo que quero estar lá no mesmo lugar... E que não quero pensar só no hoje, pois ele é muito pequeno para conter-me!
Preciso do amanhã para consumar meu desejo eterno, preciso do amanhã para dizer te amo novamente, preciso do amanhã para gozar o hoje no calor do sentir o mesmo gozo amanhã... Preciso do amanhã para amanhecer... Para acordar! Para continuar a viver! Pois parte de mim é canção, parte de mim é razão, parte de mim é saber que hoje construo o que eternizarei amanhã!
E quando digo que o amanhã é uma extensão do hoje, não quero dizer que a preocupação com ele deve nos adoecer, pois basta cada dia a sua porção, seu mal, como sabiamente disse Jesus no sermão do monte.
Mas é fato que tudo que fazemos hoje não é nada mais do que a construção do amanhã. Se estudamos, trabalhamos, compramos... é no amanhã que pensamos!
E porque quando se fala em amar, se fala em momento apenas momento de viver isso apenas no hoje? Que é isso que importa! Por isso tantas doenças emocionais... tantas solidões... tantas frustrações... tantas vidas quebradas!
Se amo e vivo esse momento, quero que ele seja o hoje dos amanhãs que virão!
Por isso discordo quando se diz: “O que importa é o momento!”
- “Que seja eterno enquanto dure!” Essa tem sido a causa de felicidades ilusórias, momentâneas, efêmeras! A qual tem feito estragos irreversíveis muitas vezes! Se é que podemos chamar a isso de felicidade!
Não quero limitar-me há um momento que seja eterno enquanto dure, mas quero um momento que dure porque é eterno!
Não quero um hoje que termine hoje, mas quero um hoje que se eternize no amanhã!
Que seria dos sonhos se não fora a esperança do amanhã?
Se me tiram essa esperança, me tiram a vida, me tiram o porquê lutar!

E se não tenho o porquê lutar, é porque não terei o amanhã!
E se não tenho o amanhã, o que será do hoje, do ontem?
Pois o hoje nada mais é do que o amanhã do ontem.
E o ontem é o hoje do amanhã...
E o amanhã será o hoje sempre!
Não podemos simplesmente separar um do outro. Eles estão interligados numa sintonia tal que se tentarmos separa-los, deixarão de existir e deixando de existir a música passaria de inacabada ao silêncio de nunca ter existido... e eu e você seríamos apenas uma peça de um teatro inacabado...uma obra sem sentido, um papel que escreveu-se uma história e hoje se embolou e jogou no lixo!
Não; eu não sou um papel! E você, é?

Benilda Lopes Rocha



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SAUDADE... 05/10/2009




Uma dor nostálgica a calar!
Uma dor gostosa de sentir!
A saudade é assim:
É boa e ruim!
São tantas saudades...
Saudade do que se foi!
Saudade de quem se foi!
Saudade do gôsto, do cheiro...
Sentimos saudades até do que virá
Saudade do que nunca existiu...
.
.
.
Saudade de dor, saudade de amor!
Amor que nos trouxe dor,
Dor que nos trouxe o amor.
.
Na saudade que sinto,
O sorriso se ergue!
E nesse sorriso me eternizo...
E essa imagem me submerge,
E nela me realizo!

Saudade vem, saudade vai!
Com ela vou com ela sigo...
Sem ela, vai-se o colorido!

A saudade é assim...
Como a brisa do mar a nos acariciar!
Podemos sentir, mas nunca tocar!

Mas eu toco a saudade!
Quando toco a flor...
Quando toco o mar...
Quando sinto o amor,
No brilho do teu olhar!

Saudade é o coração apertar...
E no clímax desse sentir,
deixar uma lágrima rolar!
.
Saudade é o momento mágico,
De realizar o meu querer!
É o poder de me fazer estar,
Sempre perto de você!

Sinto saudades até de sentir saudade;
Quando a saudade deixa saudades...

Há quem me dera poderes ter
Para a saudade enfim dizer:
Desta, tu és passado!
No presente, tu não existes!
E no futuro, não precisarei de ti!

Saudade não tem idade!
Saudade não tem padrão!
Saudade não tem piedade...
Saudade é a própria canção!

Canção que traz lembrança,
Lembrança que traz emoção!
Emoção que traz esperança,
Esperança que traz salvação!

Saudade é o sonho que aconteceu,
Sonho é a saudade que virá!

Saudade é o alvorecer!
Saudade é o entardecer!
Saudade é não te esquecer!
Saudade é te querer!
Não dá pra descrever!
Saudade é amar,
E a vida VIVER!














segunda-feira, 28 de setembro de 2009

APRENDENDO COM A VIDA! 28/09/2009


A vida é um aprendizado constante e desafiante!
As vezes muito duro, mas eficaz, COMPENSADOR!
É sim! Podemos dizer após o sucesso:
Compensou a dor!
O que a própria palavra já sugere: COMPENS A DOR!
Sempre, tropeçando, acertando, errando,
caindo e levantando, estamos armazenando sábias formas pra agir...
Mas, como é lenta a aprendizagem!
Aprender a pôr de lado, as nossas próprias dores,
interesses, anseios, temores, inseguranças, carências...
Deixar Deus tomar conta de tudo! Ah, Como é difícil...!
Sim; fácil não é! Mas não impossível!
TUDO DEPENDE DO EXERCITAR!
Ao chegar-me às mãos, uma partitura das Brachianas – Heitor Villa Lobos, e outras do Gênero ou mais, causavam-me ao primeiro contato, uma sensação de “impossibilidade”, mas logo que dedicava-me e empenhava-me a exercita-las, essa sensação dava lugar ao um sentimento de potencialidade, e depois de todo o esforço; a vitória! E é assim:
O exercitar nos capacita realizar!
A fé tem que ser exercitada para que seja plena!
O saber é fruto do empenho que se dá aos meios que nos trazem!
A esperança se mantem, ante ao desejo ardente do querer...
O amor vem do poder do exercício do se doar,
da entrega, do cuidado, do zelar!
O problema é que somos fracos demais!
Desistimos no primeiro olhar, no primeiro fracasso,
na primeira frustração...esquecemos com facilidade que cada manhã traz-nos o cantar dos pássaros e com ele as chances se renovam, e as metas podem ser traçadas novamente...
E elas nos fazem focar e esse foco nos faz enxergar a direção correta!
As flores nascem e morrem todos os dias, só depende de cultiva-las para sempre tê-las!
Muitas lições aprendi e tenho aprendido e vou continuar aprendendo...
E algumas talvez não vou aprender! Mas importa-me no final, ter aprendido a cultivar as flôres!
Ao afirmar que é difícil deixar Deus tomar conta de tudo, não quis provocar um sentimento de impotecialidade ante o fato e consequentemente o comodismos de cruzarmos os braços.., mas que adubemos a terra joguemos as sementes e as flores crescerão fortes e lindas, e apenas as colheremos!
Porque sabemos que quem dá o crescimento é o próprio Deus!
Então descruzemos os braços e nos exercitemos em adubar a terra!
E não pense nas dificuldades...apenas jogue as sementes!
E então, colherás as flores!


Benilda Lopes Rocha

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A MULHER QUE É VISTA COMO AMEAÇA! 21/09/2009


Vivemos um desconforto...
Por causa de nós?
Não: nos doado pelos "outros..."
Antes cabíamos, hoje não cabemos mais...
São os churrascos, são os passeios,
Nada nos cabe somos demais...
È uma insegurança é um correr atrás...
O medo de perder se torna numa falta de paz!
Então o melhor mesmo é nos tirar do foco,
Do meio, do marco das vidas!
Somos uma verdadeira ameaça...
A quem? Por quem? Para quem?
Na vida temos que aprender tocar todos os instrumentos possíveis...
Eu? Toco piano, violão, teclado, flauta doce e arrisco um acordeom...
Mas mesmo assim não posso...
Falta-me um instrumento pra que eu faça parte da orquestra...
Da grande orquestra da vida!
E, na verdade falta-me o único instrumento imposto para que eu faça parte dela...
Mas esse não tenho... desafinou...quebrou-se!
E quantas mais fazem parte desse contexto...
E que por algum motivo também estão sem seus instrumentos...
E por isso isoladas, por isso discriminadas, por isso rejeitadas...
Se formos elogiadas, nos ignoram...
Se nos dirigem a palavra, exteriorizam deixando fluir o seu desconforto...
Sua raiva o seu estado de vulnerabilidade...
Mas somos assim: Com instrumentos ou não,
Ignoradas ou não, desprezadas ou não, seguimos em frente,
Com Deus na mente, e de ignoradas passamos a ignorar,
De rejeitadas passamos a rejeitar, de desprezadas passamos a desprezar...
Quem? Elas? Não! Suas ações... suas feições...suas "bajulações..."
Humm! A idéia chegou!
E, enquanto não nos chega o instrumento essencial,
Formemos nossa orquestra, que tal?
De repente nos daremos conta que ela é capaz de sons maravilhosos
De acordes perfeitos de dissonâncias tais quais jamais vistas!
Então vamos! Mas é isso que incomoda...
Seremos nós! Seremos a voz, seremos a canção!
Que nos fará chegar o sonho em nossas mãos!
E enquanto isso... esqueçamos, ignoremos, será melhor!
Queiram ou não, estaremos AQUI...ALÌ...LÁ...
Em qualquer hora... em qualquer lugar!
Mas o que precisam entender é que:
NÃO VAMOS DESAFINAR! E sim... apenas SOMAR!
E acreditem: Somos apenas iguais a VOCÊ.
Queremos apenas AMAR!

Benilda Lopes Rocha

Dedico a você lena, minha querida amiga, que assim como eu, sabe exatamente o que isso significa... O que este texto expressa de nós e em nós e para nós...
E aí topas fazer parte da minha orquestra enquanto esperamos para nos unir a GRANDE ORQUESTRA? Rs... Bjus migaaaaa...

sábado, 19 de setembro de 2009

ERA UMA VEZ...


Assim começam todas as histórias e Histórias...bem, a que vou contar é uma História. Portanto, verdadeira e autêntica!
Leiam com bastante atenção!


Era uma vez um rebanho de aproximadamente 300 ovelhinhas...ele era zelado e cuidado por um pastor já velhinho, que já cansado as deixou aos cuidado de um jovem pastor e seguiu o seu caminho...Esse jovem pastor, foi conquistando pouco a pouco a confiança desse seu novo rebanho, foi conquistando seu espaço...

E com uma alimentação sólida preparada por ele, da melhor comida, as vezes nem tão saborosas, mas sempre bem nutritiva para as ovelhas, elas foram crescendo, se multiplicando... e para ve-las crescer não mediu esforços:
Enfrentou ventos, chuvas, tempestades...e até labaredas de fogo que alguns vulcões cuspiam.
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E em meio a muitas lutas também com os lobos, protegia e defendia o rebanho que o Sumo Pastor confiara-lhe. Ele deu o seu de melhor, deu seu suor, sua vida!
E então depois de algum tempo esse rebanho aumentara de uma forma surpreendente para quase 1000 ovelhas!
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Então esse pastor, pela fé, resolveu construir um curral bem grande, maravilhoso! Para aconchegar melhor as ovelhas e trazer mais sempre mais... o maior de todos os tempos naquela época!
Muita lágrima, luta, e fé levaram aquele pastor a terminar aquela obra maravilhosa! Sempre pensado no bem da obra e das ovelhas...

Um dia, como muitos outros, o pastor saiu pelas matas, florestas, procurando trazer para o seu rebanho as ovelhas perdidas, e nesse dia encontrou duas ovelhinhas quase que bebês ainda. Elas estavam aflitas, tristes, feridas, quase que desamparadas, pois seus pais não podiam ajuda-las por estarem há muito perdidos naquela grande floresta. Então o pastor, pegou essas ovelhinhas no colo, levou para o seu rebanho, tratou-lhe as feridas, e deu-lhes muito amor e carinho...e elas felizes foram crescendo naquele rebanho que só aumentava cada vez mais...como elas eram gratas a ele por a terem levado para ali! E como ele as amou!

Bem e assim ia aquele pastor fazendo o seu trabalho...nem pensava nele, só via as ovelhas para cuidar...E o tempo fora passando e o pastor já cansado de tanto trabalho e sem mais dar conta de tantas ovelhas, ouviu falar de um outro pastor que poderia ajuda-lo, prontamente o convidou e ele aceitou e assim formaram uma parceria sem igual! Ele ensinara tudo que sabia para aquele pastor quase inexperiente em cuidar de ovelhas.

O ensinou a preparar o alimento sólido, o ensinou a usar o cajado quando necessário e tantas coisas mais...eles pareciam irmãos, uma amor muito grande unia os dois...

Mas o tempo foi passando...e os bodes vestidos de ovelha no rebanho também iam aumentando... só que eles não deram conta disso, porque era muito difícil identificar um bode vestido de ovelha.

O tempo passava o rebanho aumentava e aquele pastor suava ao lado do seu colega para fortificar o rebanho...

Mas chegou um dia que o pastor que fora chamado para ajudar o que já estava cansado, começou a enxergar os lobos, que não queriam devorar as ovelhas, mas sim o pobre pastor cansado e desgastado pela dedicação de vida e amor por aquele rebanho...
O massacre estava sendo preparado...aquele pastor cansado, não sabia o que lhe esperava!
E o pior; por deixar ser ofuscado pela ambição, e tendo ela falado mais alto que o amor e a gratidão, o seu próprio colega se unira aos bodes...! E no meio do rebanho, ouviu-se um grito: Traição! Traíção! Tarde demais! Não deu mais tempo...

Nada justificava tal atitude! Por mais razão que se pudesse ter...talvez uma palavra dura do pastor cansado, talvez uma mágoa sem perdão, talvez...talvez...e talvez...NADA! NADA JUSTIFICAVA... E agratidão? Ela está acima de qualquer coisa! Mas ela não havia...

Onde estava o amor cristão, que ele aprendera com seu cansado pastor e que passava para as ovelhas como alimento? Onde estava nele, o amor de Jesus que disse: bem aventurado os misericordiosos porque alcançarão misericórdia! Onde estava a misericórdia daquele pastor? Onde? Misericórdia por um pobre cansado que lutou a vida inteira que se desgastou nessa tarefa tão árdua...Onde estava a MISERICORDIA?

Mas como ele não sabia onde ela estava, tão somente marchou com os bodes ao ataque e numa atitude cruel desumana, expulsaram aquele pastor, e o enxotaram como se faz com um cão sarnento, dizendo:

Vc já está velho não agüentamos mais as tuas comidas tão sólidas, não agüentamos mais o teu cajado...E o pior, sabe aquelas ovelhinhas que ele achou na mata, na florestas e as levou e as cuidou? Uma delas apenas vestia-se de ovelha, mas era bode, e agindo como tal, uniu-se aos outros e marcharam contra aquele pastor...!

E aquele humilde pastor machucado no mais profundo do seu ser, preferiu renunciar para não dividir o seu rebanho, o qual conquistara e que trazia em seu corpo e mente as marcas dessa trajetória, e para não causar maior dano as suas ovelhas, resolveu partir...entregou tudo, toda uma vida...e se fora...que dor!

As ovelhas quase morreram quando ele se fora, pois muito o amavam...Então aquele pastor solitário, sentindo uma dor que nem ele mesmo sabia descrever, foi em busca de descanso.

E na sua busca encontrou alguns rebanhos pelo caminho, os quais também os ajudou e os quais também o amaram de uma forma surpreendente! E era assim: Onde chegava, espalhava amor! E em conseqüência colhia amor! Mas os bodes sempre estão em todos os lugares...mas dessa vez ele não teve problemas com eles...

Ele só tinha uma dor! Aquela dor... E por mais que ele buscasse outros rebanhos, por mais que ele se distanciasse do que deixou pra trás, era nele que ele pensava dia e noite...mas nem sequer era convidado a voltar lá! Como fora desprezado...!

Passaram-se alguns anos...o sofrimento dele era notório! E esse sofrimento veio trazendo outros sofrimentos, os quais agora consumiam a sua saúde física. E ele foi enfraquecendo...algumas enfermidades o acometeram... foi ficando cego...foi...foi...até que O SUMO PASTOR disse: Não sofras mais! Servo bom e fiel entra no gozo do teu Senhor! Foste fiel no pouco, no muito te colocarei e mandou uma carruagem para vir busca-lo e leva-lo ao lar de glória...Ele agora feliz, desfruta do gozo dali!

- "E o que aconteceu com os bodes e o pastor que se uniu a eles mamãe?" Pergunta o filho ansioso pelo final...

A mãe responde: - "Ah, meu filho eles continuam lá! E sabe porque? Porque O SUMO PASTOR é misericordioso, e apesar do mal que fizeram, Ele ainda dá-lhes tempo para que arrependam-se e tornem-se ovelhas"!
Então a criancinha dormiu, descansada na misericórdia de DEUS!


Benilda Lopes Rocha

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

COM PAIXÂO

E no final quando todos se perderem
e ninguém mais saiba o caminho,
e na confusão de um emaranhado a calar,
serei um poema esquecido num canto,
do qual os poetas se cansarão de declamar...
Tudo que sinto, vivo e faço é com toda paixão!
Emoção que acelera o coração a quase não suportar!
Sou assim... como a águia a voar...

Vôo na amplidão do seu profundo olhar,
Porque tudo que quero é estar lá!

Vivo intensamente tudo que sinto!
Vivo intensamente tudo que faço!
Vivo intensamente tudo que sonho...
Mesmo que acorde e não veja o sol!
Mesmo que durma e ele se vá!

Ah se teus olhos pudessem sentir-me...
Se teu coração pudesse ouvir-me...
Mas tu és como todos os peixes...
Eles só sabem nadar...eu não; sei também amar!
E quando eu nado vou até alto mar...
Não me importa o que encontrarei por lá;
O que importa é lá chegar...

Deixe-me te tocar...
e meu olhar falará que vê teu coração disparar...
Seus ouvidos não me dão atenção,
seus olhos parecem cegos ao me confrontar...
deixe-me mostrar-te que sou a própria razão envolta nesta paixão...

Se sinto dor, ela dilacera-me;
Se sinto amor, ele faz-me eterna...
Se sinto tristeza, definho-me;
Se sinto frio, congelo-me;

Se sinto calor, derreto-me;
Se sinto paz, eu vôo nas asas das pombas...

A paixão dá-me o encanto de ver-me por dentro!

E nesse sabor satisfaço minha alma...
E entro em contato com o melhor de mim,
Porque é a ti que vejo quando me olho assim!

E no ferver do meu sangue,
Meus dedos deslizam ao toque de suas teclas...
Nada mais existe... dou de um tudo nessa canção!
Canção que rompeu do coração
Traduzindo o meu mais ardente sentir
O meu mais doce querer...
E assim faço-te chorar...e até falar!
Pois ela é minha, só minha...
A minha frágil e pequenina canção
que se faz forte ao juntar-se a ti
E como no soar de uma orquestra
Na melodia de uma perfeita profusão:
Eu, você, e o amor...
Viver a vida!

Com intensa e ávida paixão!







segunda-feira, 7 de setembro de 2009

BRASIL 07/09/2009


BRASIL

Onde estão tuas margens plácidas?
O que fizeram com esta tua calma, essa tua placidez?
Agora elas são margens de violência, de guerra, de sangue...
Onde está teu povo heróico?
Onde está teu brado retumbante?

Já não mais ilumina o céu...
Teus campos já não são mais tão risonhos...
Também seus bosques não têm mais tantas flores...

Onde está o sol da liberdade?
São tantas prisões...
Presos ao medo da violencia,
Presos a um sistema injusto que nos massacra
E o pior; presos a nossa própria impotencia de mudar isso...
E sendo condenados a frustração dessa grande "jaula" !

Presos dentro da corrida desenfreada do saber!
Dentro da desigualdade, dentro de nós mesmos...
Presos em nossos conceitos e preconceitos...
Presos pela própria liberdade!
Estamos a mercê da própria morte!
Mas não por ti meu Brasil
Mas porque se fora o grito do Ipiranga...

A pátria não é mais amada, é dilacerada!
Dilacerada pelos algozes, pelos ébrios do poder!
Dilacerada pela ganância dos que matam seus filhos...
Os filhos desta pátria mãe gentil!

E enquanto eles dormem em berços esplêndidos,
Ao som do mar... à luz de "céus"profundos,
seus filhos, ó Brasil;
dormem à escuridão do céu de seus mundos:
nas choupanas, nas ruas...
Em prisões...
Onde está o penhor da igualdade,
que disseram conquistar com braços fortes?
Os braços fortes agora são os de suas próprias ambições...

Que fizeram de ti meu Brasil?
Parece que o sonho intenso,
O símbolo de amor eterno,
E a esperança se desfizeram...
Sonhar com o que quando a realidade não existe?
E quando a própria realidade extingue o sonho...?

O teu céu não é mais risonho e límpido
As queimas das tuas matas,
As queimas dos venenos do progresso
Apagaram o teu sorriso...agora escureces...

Onde está o Gigante, o Impávido Colosso?
Suas naturezas mesquinhas, agora torna-os anãos...
Anões das virtudes, anões da dignidade,
Anões da honestidade, anões da fidelidade!

São Gigantes sim, mas não da natureza da nação!
São gigantes da ganância, gigantes da ambição,
Gigantes da maldade, gigantes da corrupção!

Que grandeza esse futuro espelha?
E o teu filho, agora foge à luta!
Porque a clava forte da justiça não mais se ergue!
E todos agora temem a própria morte!
Por que o amor se fora...
Não é mais a pátria amada, salve e salve!
Agora essa linda saudação de louvor,
deu lugar a um grito de pavor:
"-Salve-se! salve-se quem puder"!

Onde está a paz prometida pro futuro?
E a glória do passado em que resultou?
“Entre outras mil é tu Brasil, ó pátria amada”
Será que o marginalizado pode cantar assim?
Será que eu e você podemos cantar assim?
Ou esse agora é o canto privilegiado
Dos que dormem em berços esplendidos?

Unamo-nos brasileiros redimidos!
Cantemos o nosso hino!
Levantemos a bandeira verde e amarela!
Não uma de pano ou papel,
Mas a do amor, da justiça da união
Do Principe da Paz!
Levemos a todos a salvação!
E que o brado retumbante do povo heróico
Seja ecoado pelo ar, numa só voz:
Só Deus sara essa nação!

Benilda Lopes Rocha

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ESSE POBRE SER... 31/08/2009


O que vai no mais profundo do saber? Como chegar ao interior do ser? A ganância do olhar insaciável... O mistério do mais sempre mais!
Parecem bárbaros em busca da caça! Parecem bêbados caídos ao chão! Parecem cegos ante ao que vê! Parecem loucos no coração.


E a aranha tece a teia...Linda! esplendorosa! Uma obra de arte! Mas ali está o “segredo”! Laçam bárbaros, cegos, bêbados e loucos! Agarram suas vidas seus egos, os levam aonde quer... E depois deles zombam! E os que escapam? Alguns poucos...

O caminho segue... o laço aperta...O bárbaro evolui, e fica indignado! O bêbado sóbrio agora chora... O cego agora enxerga, mas nada vê! O louco grita ao recobrar a lucidez: "Enlouqueci! Enlouqueci de vez"!

.

Mas foi assim que tudo sempre foi! Desde o Éden onde tudo ocorreu... Foi assim que aconteceu! Foi assim que tudo acabou... Ou melhor que tudo começou...

E é assim que será: Vão de mar a mar... De norte a sul... Do oriente ao ocidente... No fervor de suas veias quentes , como um vulcão que se acendera!

.

Até que num único momento... Ouvi-se um eco distante a soar: "Não; não são bárbaros! São perfeitos nômades! Não são cegos, e nem bêbados estão! Nem tão pouco loucos são! São apenas tolos como a insensatez! São mais fracos que um tímido ai! São mais carentes que a nostalgia... São como os que correm depois que chegam... São como os que lutam ante ao nocaute fatal... São apenas seres humanos quebrados, estão desesperados...por um pouco de amor"!

.

E nessa corrida desenfreada poluem-se...

E as fontes de águas potáveis cada vez mais escassas!

E num desespero crucial, o meu grito ecoa no ar:

-Onde estão as águas puras e Cristalinas? Onde estão os manancias...?

.

E nas indagações mais íngremes do meu ser, onde a desilusão encontrou prazer, e no mais profundo das minhas entranhas, ouço uma voz terna a me dizer:"Elas estão bem aí"! -Onde? Onde? Ooonde...!? Dentro de VOCÊ!



Benilda Lopes Rocha

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A BAILARINA 24/08/2009


És como a garça:

Pura emoção!
Quanta leveza!
Só a pureza,
Dessa terna canção!

Cada movimento
Cada gesto,
Cada olhar,
Nos faz delirar!

Quem dera nessa leveza
Pudesse te encontrar...
Onde queria estar
Em teus braços a me atrelar

Te levo pro azul
Te levo pras nuvens...
Venha, sinta meu pés
Como flutuam no ar

Eles só querem falar,
Do brilho do meu doce olhar,

quando estou a dançar...
Deixa esse chão;
Una-se seus pés aos meus!

Sinta meu coração...

Levar-te-ei às alturas do mar!
No profundo do céu!
No mais lindo pomar!
Na doçura do mel!

Vem...estou a bailar!
Vem mais perto...
Deixa-me te tocar!
Deixa-me te levar...
Deixa-me te amar!

Ser bailarina...
Tudo que amei!

Todo o meu cantar!
Tudo que sonhei!




Benilda Lopes Rocha





terça-feira, 18 de agosto de 2009

FORÇA INTERIOR 18/08/2009

Vivemos numa luta constante...
Uma corrida desafiante!
Superações impressionantes!
A tempestade está formada....
A força do vento estremece a alma
O desespero parece fatal!
Não há quem possa ajudar!
A vida corre pra lá e pra cá...
O maior desafio a nos calar!
Nossa impotência ante o turbilhão,
no envolto de nuvens escuras,
pensamos que tudo acabou...
Desejamos a própria morte em solução!

Prosseguir torna-se banal...
Mas em meio a escuridão,
Onde forças nenhuma pensamos mais ter,
Como uma raiz na terra seca a lutar,
Ressurgimos nesse poder!
E como num parto a consumar-se...
Na força em meio as fraquezas,
De um relutar d'alma em gemidos,
Renascemos das cinzas "negras"!
E na gota de um desejo ardente,
Num rebento interior,
Vencemos a dor... efêmera!
Perdemos o temor!
E o mar parece se aquietar...
Mas as ondas continuam lá!
Só então nos damos conta,
Que aprendemos surfar!
Voltamos às flores! Prá vida...
pros amores!
Nunca mais planto entre espinhos...
Nunca mais entre os rochedos!
Muito menos à beira do caminho...
Eu não; não quero nascer sozinho!

Enfim seremos eu e você!
Seremos do mar as ondas!
Da tempestade o vento!
Do rio o seu curso...
Da vida o saber! E eu vou dizer:
A maior conquista do viver,
é sempre renascer! Fitar em Deus e crer!
Basta-me o querer...
Eis o segredo do VENCER!


Benilda Lopes Rocha.